Você sabia que o ato de arrancar os próprios fios de cabelo e pelos do corpo é
chamado de tricotilomania?
Trata-se de um impulso em arrancar os fios de cabelo ou até mesmo sobrancelhas.
É um tipo de transtorno compulsivo, como o transtorno obsessivo compulsivo
(TOC), que se enquadra também no conceito geral de ansiedade. No entanto, é
comum que o impulso incontrolável de arrancar os cabelos venha depois de uma
forte crise de ansiedade.
Para algumas pessoas, a tricotilomania pode ser algo simples de ser controlável.
Porém, outros pacientes têm um impulso muito forte que ficam com o couro
cabeludo falho.
Conheça os primeiros sinais da tricotilomania
Acredita-se que as causas da tricotilomania estão relacionadas às questões
ambientais, como histórico familiar e uma rotina conturbada. Isso porque na maioria
dos casos, os primeiros sintomas da tricotilomania são os mesmos que da
ansiedade, como, por exemplo, nervosismo, forte angústia e impaciência. Confira
outros sintomas:
● Sentir alívio ao arrancar os fios do cabelo;
● Sentir a sensação de tensão antes de puxar o cabelo, como se estivesse
tentando resistir ao ato;
● Puxar os fios do couro cabeludo repentinamente, ou até mesmo de outras
partes do corpo, como a sobrancelha;
● Mastigar, morder ou enrolar os fios arrancados;
● Falhas no couro cabeludo.
É possível que pessoas com tricotilomania também tenham outros comportamentos
compulsivos, como roer as unhas. Esses atos, inclusive, podem ocorrer de forma
automática e consciente.
Como realizar o diagnóstico?
Não existe um exame específico que determine a tricotilomania. O diagnóstico é
feito por meio de uma conversa com o paciente e avaliação do quadro, como a
quantidade de falhas no couro cabeludo.
O médico dermatologista pode solicitar exames para descartar possíveis doenças
envolvendo a queda de cabelo. Porém, existem alguns critérios para diagnosticar a
tricotilomania:
● Se a pessoa arranca os fios em situações estressantes e de forma frequente;
● Alta queda de cabelo não relacionada a problemas de saúde;
● Tentar arrancar os fios de cabelo, mas não conseguir reduzir o hábito.
A dica para quem sofre com esse problema é procurar ajuda médica para avaliar a
condição do cabelo e couro cabeludo, e assim, passar o tratamento adequado. Além
disso, o tratamento da tricotilomania é complexo e envolve diferentes tipos de
terapia e profissionais, incluindo psiquiatria – que pode receitar remédios
dependendo da necessidade do paciente, psicólogo – que ajudará na mudança de
hábitos e dermatologista.